Sem ‘agito’, Horto peca na limpeza e na manutenção, dizem frequentadores
15:20 08/04/2019
[Via Campo Grande News]
A 3 minutos do centro, o Parque Florestal Antônio de Albuquerque, popularmente conhecido como Horto Florestal, tem ainda o privilégio de ser um dos parques mais arborizados de Campo Grande, com pista de caminhada coberta quase que completamente pelas árvores, longe dos raios solares que por vezes fazem qualquer um no sol buscar a primeira sombra fresca. Mas quem passa com frequência pelo lugar reclama da falta de manutenção e do clima ‘morto’ e ‘mal’ aproveitado.
O Horto Florestal conta também com biblioteca e o prédio administrativo que guarda um espaço por onde surgem músicas executadas nos ensaios de um grupo artístico. No entanto, na opinião do servidor público Diego Correa, 33, que trabalha a poucos metros do Horto, o local ainda carece de mais ‘agito’. “Muito verde aqui, né? Só está um pouco mal conservado. Tinha que ter mais atividades de lazer. Está muito vazio. Falta ser melhor aproveitado”, afirmou.
A falta de manutenção fica evidente em alguns pontos. Fechado, o quiosque perto da passarela foi totalmente descoberto. Ficaram as vigas de madeiras sem as telhas. Lá dentro há depósito de móveis antigos.
Na área descoberta pelas árvores, alguns bancos de madeira estão quebrados, mas ainda são usados por quem só busca um momento de sossego.
O aposentado José Antônio Munhoz, 74, sugere mudanças.“Acho que deveria ter outra coisa no lugar daquela fonte de água na entrada. Aquilo lá fica sujo às vezes e não serve para nada, nem para colocar peixe porque morre ali”, disse. Ele também acha que as duas coberturas para jogar bocha são mal aproveitadas. “Deveria ser uma academia ali com vidro em vez de ser ao relento como é hoje. Quase ninguém mais joga bocha”, acrescentou.
Seo José Antônio sugere mudanças na estrutura para o melhor aproveitamento do parque (Foto: Henrique Kawaminami)
Mictórios foram arrancados do banheiro masculino que só conta com um vaso sanitário (Foto: Henrique Kawaminami)
Entre as pausas do trabalho como motorista, Rodrigo Amorim, 43, encontra no Horto um lugar de descanso. Ele viaja quase todos os dias de Aquidauana para Campo Grande, onde faz entrega de alimentos como verduras e cereais no comércio da Capital. “Quase todo dia eu estou aqui. No banheiro dos homens, os mictórios foram arrancados, tem água, mas não limpam com frequência. Só de manhã”, reclamou.
A cearense Karla Fontenele Nunes, 36, já está há 7 anos morando em Campo Grande, a quase 3 mil quilômetros de sua cidade natal, Tianguá (CE). Mesmo com as belezas das serras e da faixa litorânea de sua terra, a técnica de enfermagem prefere a cidade morena. Ela é apaixonada pelo Horto Florestal e por isso sugere melhorias na limpeza.
“Eu acho bom demais porque a gente caminha na sombra. Saio do plantão e venho para cá. Acho que deveria melhorar a limpeza nos canteiros. Às vezes ficam galhos de árvores caem que precisam ser retirados”, disse.
A reportagem questionou a prefeitura sobre a falta de manutenção, mas ainda não obteve retorno.
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