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Sete municípios assinam contratos de quase 600 moradias indígenas entre 1.687 que Governo Lula fará em MS

Circuito MS

15:43 15/03/2025

Ação vem pelo Programa ‘Moradia Indígena’, que substitui moradias precárias em Terras Indígenas, sem custo para as famílias beneficiadas

O Governo Federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas, criado em 2023, no início do terceiro mandato do presidente Lula, anunciou nesta sexta-feira (14), entre solenidades de lançamento de obras e inaugurações na cidade de Dourados, a também construção de 581 moradias destinadas às comunidades indígenas de sete municípios da região Sul de Mato Grosso do Sul. A ação vem pelo Programa ‘Moradia Indígena’, que substitui moradias precárias em Terras Indígenas, sem custo para as famílias beneficiadas.

Ontem, como o Enfoque MS noticiou durante o dia, três ministros vieram de Brasília para eventos em conjunto União, Governo do Estado e Munícipio. Estiveram representando o presidente Lula, o ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); a Sul-mato-grossense ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que fez ação especifica para o anuncio sobre Habitação indígena.

A ministra indígena anunciou que MS receberá a construção de 1.687 moradias indígenas, sendo já as quase 600 casas, que contemplaram Dourados, Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Laguna Carapã, Maracaju e Tacuru.

Os Douradenses, tendo a maior área indígena de MS e entre uma das maiores do Brasil, serão contemplado com a maior parte das casas. “Serão 300 unidades habitacionais, sendo 150 para moradores da aldeia Bororó e outras 150 para a aldeia Jaguapiru”, anunciou Sonia Guajajara, que sabe que atualmente, aproximadamente 20 mil indígenas das etnias Guarani, Kaiowá e Terena vivem nas duas aldeias, na reserva de Dourados, com 3,5 mil hectares. Juntas, as duas aldeias formam a maior reserva indígena urbana do país.

Aldeias de outros munícipios

Sonia Guajajara também fez contratos com prefeituras locais, pelo Programa ‘Moradia Indígena’, que substitui moradias precárias em Terras Indígenas, sem custo para as famílias beneficiadas. “As unidades habitacionais, a serem construídas por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), possuem mais de cinquenta e dois metros quadrados, distribuídos em dois quartos, sala, cozinha e banheiro”, destacou a ministra.

Com a Ministra e Prefeitos ou representantes municipais, como próprios lideres indígenas, foram assinados ainda, contratos para a construção de 12 casas na aldeia Limão Verde e 41 na Jaguari, ambas em Amambai. Mais 50 serão para a aldeia Guassuti, em Aral Moreira e 55 para a Teykuê, em Caarapó. Outras 55 para a aldeia Guaimbé e 30 para a Rancho Jacaré, ambas em Laguna Carapã. Finalizando, 22 são para a Sucuri, em Maracaju, e, 10 para a Jaguapiré e 30 para a aldeia Sassoró, ambas em Tacuru.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou que no total o programa prevê a construção de 1.687 moradias indígenas para o Mato Grosso do Sul, das quais, essas 581 para atender as comunidades de sete municípios da região de Dourados. “Mais entregas serão feitas, vamos aumentando gradativamente, pois é muito grande a necessidade de garantir moradias dignas aos povos indígenas e hoje estamos dando o primeiro passo”, falou a ministra do total do Programa como já havíamos noticiado MS recebe R$ 55 mi para construção de casas à indígenas de 7 municípios.

Indígena fala sobre moradia digna

O cacique Ivan Montiel Vilhalva, da Comunidade Indígena da Aldeia Sassoró, de Tacuru, em nome das comunidades beneficiadas pelo programa Moradia Indígena, agradeceu aos governantes por atender às necessidades das famílias indígenas em relação à moradia digna. “Hoje podemos dizer que somos representados, por estarmos sendo incluídos nos projetos do governo federal e estadual”, avaliou o líder.

O cacique agradecido, aproveitou para reivindicar um pouco mais, a todos os compatriotas. “Sabemos que o governo tem muito mais a nos oferecer. Nós ainda temos que ter acesso a água, ter acesso a saúde de qualidade. Temos certeza que nossos parlamentares irão falar por nós”, pediu.

Ramão Fernandes, capitão da aldeia Jaguapiru, considerou o anúncio das moradias como “um momento muito feliz para a nossa comunidade”. Ele disse que desde 2009 os moradores mais pobres da reserva indígena de Dourados esperavam por esse momento.

“Essas 300 casas vão beneficiar as famílias mais necessitadas da nossa comunidade”, afirmou. “Essa oportunidade de estar aqui e presenciar o anúncio e assinatura dos contratos nos deixa muito feliz”, comemorou o líder indígena na chegada ao ginásio para a cerimônia conjunta dos governos federal, estadual e municipal.

ÁGUA NA ALDEIA

Sonia Guajajara também lembrou e fez questão de falar sobre a falta de água nas aldeias de Dourados e garantiu que o Ministério dos Povos Indígenas está atento ao problema.

“Nesse começo de ano investimos mais de R$ 2 milhões para levar água às aldeias e temos R$ 53 milhões da bancada federal para investimentos em redes de água, além de R$ 22 milhões que serão investidos nas comunidades indígenas na região de fronteira”, anunciou a ministra. “Em Dourados estamos finalizando a perfuração de dois super poços artesianos e vamos instalar 400 caixas d’água nas duas aldeias”, finalizou.

Via Enfoque MS

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