Shoppings ampliam fraldários em banheiro masculino para felicidade de bons pais
9:50 05/10/2018
[Via Campo Grande News]
“Eu já troquei fralda da Luiza em padaria, em um espaço que não era bem um fraldário”, lembra o paizão de primeira viagem Leonardo Busanello ao analisar a chegada de móveis para trocar fraldas aos banheiros masculinos, o que antes era encontrado só no espaço das mães. O empresário assume que nunca tinha parado para pensar nisso, mas bastou a notícia para ele pensar sobre as pequenas, mas fundamentais, mudanças que refletem diretamente nos espaços físicos públicos.
Bom para os pais e também para os comerciantes, porque tem gente que garante levar isso em consideração quando decide em que local ir fazer as compras. No Centro, essa é uma dificuldade grande. Já nos shoppings, agora todos os maiores possibilitam a troca de fraldas também pelo paizão, com fraldário dentro do banheiro masculino ou em espaços coletivos.
“Acho que hoje em dia está mudando bastante essa cultura de que o homem não troca fralda do filho. Eu acho que agrega muito e que ainda faz falta. Na verdade, eu troquei pouca fralda dela porque cheguei na família ela já tinha 10 meses, mas agora que estamos grávidos penso que quando for com o recém nascido vai ser mais difícil. Eu não quero ter que ir embora de um espaço e deixar a responsabilidade só pra mãe dele, sabe?”, conta.
Assim como Leonardo, Venâncio Junior concorda que ainda são poucos os espaços em que dá pra trocar sua filha, Liara, de 3 aninhos, quando saem só os dois. “Pra mim devia ter em todos os banheiros, masculino e feminino. Outra opção que eu vejo muitos estabelecimentos incluindo são os fraldários, os espaços que tanto o pai quanto a mãe podem estar juntos neste momento de troca de fralda, por exemplo, também é uma opção válida”.
A mãe Camilla Nunes de Menezes, de 27 anos, passeava com seu filho de 9 meses e a avó do pequeno. Ela diz que essa questão dos fraldários é tão importante que já chegou a pesquisar antes de ir a um espaço para saber se existia ao menos um trocador para seu filho, ou seja, faltam espaços que incluam esses pequenos seres até mesmo nos moldes mais “tradicionais e conservadores”: em que as mães são únicas responsáveis pela higiene dos filhos.
“Na minha concepção, a solução para esse problema é a inclusão de mais fraldários coletivos. Eu acho bacana a troca de experiências que acontece nesses espaços e acho que fortalece a interação entre pai e mãe”.
O Lado B pesquisou pelos shoppings de Campo Grande como é que os grandes centros comerciais lidam com essa mudança, ainda tímida, da sociedade.
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