Polícia

Sindicato dos bancários é denunciado no MPT por crime de peculato

Circuito MS

12:50 14/03/2018

[Via midiamax]

Depois de reunir documentos envolvendo suposta apropriação de dinheiro público durante eleições de 2015 por parte da chapa vencedora, o Conselho Fiscal do Sindicato Bancário de Campo Grande entregou ao MPT-MS (Ministério Público do Trabalho) denúncia para apurar suposto crime de peculato envolvendo despesas de campanha da atual diretoria.

Conforme Marcelo Francisco Assis, membro do conselho financeiro do sindicato, a atual diretoria teria gasto R$ 14,580 somente em impressões de outdoors durante a campanha da “Chapa 2: Bancários em Ação”. Cheques teriam sido repassados e depois quitados com o dinheiro da entidade.

“Em julho [de 2015] essa diretoria tomou posse e sem que todos soubessem, o tesoureiro, o presidente e a secretária geral, pagaram as despesas de campanha [com o dinheiro do sindicato]”, disse ao Jornal Midiamax. Conforme o conselheiro, outdoors foram espalhados pela cidade, carros foram alugados e materiais gráficos foram comprados, e posteriormente essas despesas foram quitadas com verba da associação.

Em abril de 2016 houve um balanço patrimonial do ano anterior, para fiscalizar as receitas e despesas. Ao ser constatado os gastos, uma assembleia geral foi realizada para que o balanço fosse discutido. “A diretoria estava ciente, mas mesmo assim não fez nada”, afirmou conselheiro à reportagem. No mesmo período, Cícero Roberto Santos, ex-tesoureiro da entidade teria tido um atrito com o atual presidente, Edvaldo Franco Barros, o então tesoureiro renunciou ao cargo.

“Depois que ele fez a renúncia, alguns colegas do sindicato pediram para que ele reconsiderasse, pois já que ele tinha alguma divergência, que passasse gente apurar. Infelizmente ele fez essa denúncia fora do prazo e a diretoria não acatou. O presidente não aceitou a reconsideração dele e eles foram parar na justiça”, disse Marcelo ao Midiamax.

Na Justiça, o presidente, segundo Marcelo, teria acusado o ex-tesoureiro de crime de peculato, alegando que Cícero estaria tentando pagar as despesas de campanha, no entanto, o ex-membro alegou que as despesas já haviam sido quitas com dinheiro do sindicato. “Eu, membro do conselho fiscal, fiquei sabendo disso depois. Os outdoors foram feitos na campanha eleitoral da chapa e posteriormente pagaram como se fosse campanha salarial”, relatou o conselheiro.

Em nota foi identificado a compra de um outdoor no valor elevado ao que seria de fato. “O protocolo da denúncia está em avaliação prévia, a procuradora pediu para apurar. Houve o pagamento das despesas da chapa com o dinheiro do sindicato. Muito parecido com o que se faz na política aí fora. Depois que entram pagam a campanha com o dinheiro público”, finalizou.

Em contato com a assessoria de imprensa do sindicato dos bancários de Campo Grande, foi informado que entidade não iria se manifestar inicialmente, pois não haviam recebido qualquer notificação.

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