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Trânsito teve 85 acidentes com vítimas em 10 dias do ano, menor número em 3 anos

Circuito MS

10:21 16/01/2024

Entre essas colisões, apenas 1 delas resultou em morte no período; a expectativa é de que redução siga até o fim do ano

Nos primeiros 10 dias deste ano, Campo Grande registrou 85 acidentes com vítimas, o menor número dos últimos 3 anos. Os dados são do Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT), por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

Conforme o levantamento, em 2022, foram 285 acidentes com vítimas durante todo o mês de janeiro (média de 95 a cada 10 dias), já no ano seguinte foram 302 (média de 100 a cada 10 dias).

Segundo o psicólogo do trânsito e chefe da Divisão de Estatísticas e Sinistros de Trânsito da Agetran, Renan da Cunha Soares Júnior, o ano passado já apresentou uma grande queda no número de acidentes com mortes, o menor desde o início da série histórica, em 2011. Neste ano, a expectativa é de que a redução continue, pois, até o dia 10, apenas um acidente resultou em uma morte no trânsito da Capital.

“Este é um movimento que vem desde o ano passado, quando nós tivemos o menor número de óbitos desde o começo da série histórica, e esperamos que isso continue”, afirmou o professor doutor.
De acordo com Cunha Júnior, não há apenas um motivo para a redução, percebida já desde o ano passado, vários fatores podem ter contribuído para esse resultado.


“Não há fatos separados, é um conjunto de ações. A gente só teve uma aceleração de acidentes e mortes quando os radares foram desligados, quando eles voltaram, caíram novamente. Temos também a expansão das ciclovias, que reduziu muito as mortes de ciclistas. Desde 2011, a gente desenvolve o programa Vida no Trânsito e a Agetran tem tido maior atuação desde então. Com esse programa, conseguimos chegar em espaços que não são tão comuns, como empresas. Acredito que esses sejam alguns dos conjuntos de fatores”, explicou.

Em Campo Grande, segundo a Agetran, os principais motivos para acidentes graves são velocidade, dirigir alcoolizado e o uso de motocicletas.

“Campo Grande é umas das cidades com o maior crescimento da frota de motocicletas, e isso é um fator de risco, não pelos motociclistas, mas pela vulnerabilidade desse meio de locomoção”, afirmou Cunha Júnior, que completou dizendo que, no ano passado, a maior parte das 58 mortes no trânsito envolveram pessoas que estavam em motos.

2023

No ano passado, segundo dados do GGIT, apesar de um leve aumento no número de acidentes com vítimas (passou de 4.368 para 4.487), as mortes no trânsito caíram 69%, de 84 para 58.

O número, segundo o chefe da Divisão de Estatísticas e Sinistros de Trânsito da Agetran, ainda é menor do que o projetado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para Campo Grande, que esperava 86 óbitos no ano passado.

“Estamos em integração com vários órgãos, temos aprimoramentos do Pnatrans [Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito] e estamos na segunda década de ação de segurança no trânsito. Na primeira, tivemos uma queda de 41,6% das mortes em Campo Grande, e a meta é reduzir 50% nesta segunda década”, explicou Cunha Júnior.

Além da queda do número de mortes em colisões de um ano para o outro, a quantidade de óbitos de 2023 é a menor desde 2011, quando começou a ser desenvolvido o programa Vida no Trânsito. No primeiro ano, foram 132 mortes registradas na Capital, o maior número desde que o programa começou.

Anteriormente, o menor número de mortes havia sido registrado em 2017, com 70 óbitos em acidentes de trânsito.

COLISÕES FRONTAIS

As colisões frontais estão entre os acidentes mais perigosos, por terem grande risco de produzirem vítimas graves, principalmente em rodovias.

Dentro da cidade, segundo dados do GGIT, no ano passado, foram registrados 260 acidentes do tipo, uma redução em comparação com 2022, quando foram registrados 273 sinistros por colisão frontal. 
Este ano, ainda segundo o GGIT, ainda não há informação sobre esse tipo de acidente.

Nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, por outro lado, reportagem do Correio do Estado mostrou que 40% das mortes em acidentes eram fruto de colisões frontais. 

Ao todo, 184 pessoas morreram por causa de acidentes em rodovias federais no Estado no ano passado, 74 delas em decorrência de colisões frontais.

Nas rodovias, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), esse tipo de colisão é causado geralmente pela invasão da pista contrária pelo motorista por diversas causas, a mais comum é a ultrapassagem imprudente ou em local indevido.

Via Correio do Estado MS

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