Política

Vereadores culpam gestões anteriores sobre aumento no número de favelas em Campo Grande

Circuito MS

15:16 05/11/2021

Vereadores afirmam que problema está na Capital, mas não apresentam propostas para solucionar o mesmo.

Os vereadores de Campo Grande reconhecem que o município, atualmente, está cercado por favelas, mas não apresentam projetos ou políticas públicas para que o problema seja solucionado.

De acordo com levantamento realizado pelo Correio do Estado em parceria com a Central Única das Favelas de Mato Grosso do Sul (Cufa/MS), hoje, a cidade tem 39 favelas. Destes, cerca de 4,5 mil moradores não têm água potável.

Mesmo com os fatos e com a realidade sendo exposta para todos diariamente, o prefeito Marquinhos Trad afirmou ao Correio do Estado que Campo Grande é uma Capital sem favelas.

Conforme o gestor municipal, a cidade tem áreas ocupadas que aguardam a regularização.

“Não existe um amontoado de pessoas, pessoas que vivem embaixo de lonas. Existem áreas ocupadas de maneira irregular, que estamos buscando regularizar”, disse.

Mesmo com essa afirmação, os vereadores reconhecem que a fala é grotesca, mas dificilmente apontam melhorias ou políticas para as famílias vulneráveis.

O parlamentar Professor Riverton (DEM) relatou que Campo Grande tem “uma ou outra” favela, e que o prefeito é uma das pessoas que mais conhece sobre assuntos fundiários no município, devido ao cargo que ocupou como secretário municipal de Assuntos Fundiários na gestão de André Puccinelli (MDB).

“Eu não posso falar com propriedade o que tem ou que não tem, o que eu acredito é que houve uma melhora. Acredito que tivemos um avanço na questão habitacional”, afirmou.

O Professor João Rocha (PSDB) também acredita que Campo Grande teve um momento sem favelas, mas que devido a gestão de prefeitos anteriores, como Alcides Bernal (PP) e Gilmar Olarte, a situação retornou a ser comum em Campo Grande.

“Eu acredito que com o empenho do atual prefeito e com ajuda da Câmara vamos resgatar esse prejuizo”, relatou.

Um dos principais apoiadores do prefeito na Casa de Leis, o vereador Otávio Trad (PSD), disse que o problema realmente existe como em toda cidade grande, mas que precisam apresentar sugestões para resolvê-lo.

“Em primeiro lugar nós temos que ter uma política pública habitacional que funcione. Infelizmente, nós tivemos no período de 2013 a 2016 um vazio nessas políticas públicas habitacionais e que, diante da situação econômica em que o mundo inteiro enfrenta hoje, nós temos uma situação que antigamente Campo Grande não tinha”, afirmou.

“O que nós temos que discutir aqui na câmara é política pública habitacional, quantos desses locais podem ser de certa forma regularizados, no ponto de vista de estrutura, temos que ter sugestões para resolver esses problemas”, continuou.

Já o vereador Edu Miranda (Patriota) foi mais realista com a causa e contou que Campo Grande nunca teve um número tão grande de favelas como está tendo no momento.

“Não é só o prefeito que tem que resolver esse problema. Mas, temos favelas aqui, isso é notório. A gente precisa de força, tem que ter um sincronismo do prefeito com o governo para que possamos estar atendendo essas famílias”, declarou o parlamentar.

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