Viu um ninho de arara coberto? Não se assuste pois é proteção
16:35 10/12/2018
[Via Campo Grande News]
O caso de um morador do bairro Vila Sobrinho, em Campo Grande, que cobriu com lona a superfície do tronco de palmeira, ninho das araras, chamou a atenção e até confundiu os vizinhos. A ação, ao contrário de uma “afronta” aos pássaros típicos no céu da cidade, é uma forma de proteger o local e garantir a reprodução. Projeto piloto conduzido pelo morador, o trabalho é acompanhado pelo Instituto Arara Azul.
Uma vizinha confundiu a situação, ao ver a lona, e afirmou ao Campo Grande News que a intenção era impedir que os pássaros utilizassem o tronco como ninho. A confusão, no entanto, preocupou o vizinho. Isso porque ele cuida, há anos, da estrutura, com objetivo de promover um habitat saudável às araras. A convivência com os pássaros, relatou ele, já é parte da rotina.
Além de colocar a lona, ele dedetizou a superfície, que estava infestada com percevejos e poderia prejudicar o local onde, entre os meses de julho a dezembro, as araras se reproduzem. Presidente do Instituto Arara Azul, Neiva Maria Robaldo Guedes explicou que a iniciativa do morador foi elogiada e se tornou um “projeto piloto”.
Do ninho em questão, contou, três filhotes voaram em novembro, situação considerada “bem sucedida” pelo instituto, um indício dos cuidados do morador.
“O ninho desse proprietário é monitorado e voaram três filhotes, em novembro. Conseguiram sobreviver os três. Quando o último foi voar, o proprietário viu que estava infestado por percevejos, algumas palmeiras tem tido esse problema. Ele consultou a gente para ver se poderia fazer uma dedetização. Como o ninho estava vazio fizemos isso com uma experiência piloto”, conta.
O voo dos filhotes – A presidente também aponta outra situação que deve ser observada, explica, com cuidado. O voo dos filhotes, conta, tem sido marcado por diversas interferências da população, que tenta auxiliar os pássaros, mas acaba prejudicando a minha tentativa de voo dos filhotes. A recomendação, comenta, é deixar que os “pais” das ararinhas cuidem desse voo.
“O grande período de voo dos filhotes é novembro e dezembro. É igual a uma criança aprendendo a andar, as vezes demoram um pouco mais para criar coragem. A maior recomendação é deixar que os pais das araras cuidem. A gente só entra em ação quando está em risco. Isso aconteceu muito esse ano, muita gente ligando”, comentou.
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