Restaurante de posto que foi ponto de greve teve queda de 80% nas vendas
11:20 31/05/2018
[Via Campo Grande News]
O movimento no restaurante e café do Posto Caravágio, maior ponto de concentração dos protestos dos caminhoneiros em Campo Grande, caiu 80% durante os dez dias de manifestações em Mato Grosso do Sul. Sem o faturamento de caixa necessário, o pagamento de funcionários, aluguel e água e luz serão desembolsados pelo patrão.
O empresário Renato Dall Agnol amargou prejuízo com o protesto, já que vive do transporte e mesmo tomando medidas não conseguiu alavancar as vendas. O dono dos dois pontos baixou 40% do valor das marmitas, que caiu de R$ 14,90 para R$ 10.
“Eu não tive o faturamento de caixa suficiente e vou ter que tirar do bolso, o pagamento dos meus funcionários, o aluguel, a água e a luz. Eu vivo do transporte e então perdi o consumo dos viajantes também, já que boa parte deixava de entrar no posto achando que o restaurante também estivesse fechado. Baixei o preço da marmita e até cozinhei para eles por dois dias, mas o movimento caiu”, disse.
A funcionária de Renato, a atendente Késia Barbosa da Silva, de 26 anos, toma conta do Café. Segundo ela, nem em baixa temporada de viagem o movimento é tão baixo. “Eu estou aqui há 2 anos e nunca tinha visto uma paradeira tão grande. No último sábado, foi o dia que mais entrou clientes, e olha que só entraram quatro pessoas”, disse.
Nesta quarta-feira (30), a greve dos caminhoneiros chegou ao 10º dia e perdeu a força nos três pontos localizados em Campo Grande. Os motoristas começaram a deixar os locais, culpando a população, questionando os anúncios feitos pelos Governos e criticando a desistência de colegas.
O único ponto de bloqueio que ainda tem concentração de motoristas parados é no Posto Caravágio, na BR-163, em Campo Grande. Nos postos Kátia Locatelli, também na BR-163, e Carga Pesada, na BR-262, os motoristas já movimentam as rodovias na volta ao trabalho. Apesar da desmobilização, há manifestantes que temem represálias em outros trechos de bloqueios espalhados pelo país.
No posto Kátia Locatelli e Caravágio, equipes do Exército, Polícia Militar e PRF (Polícia Rodoviária Federal) acompanham a saídas dos caminhões, de forma pacífica sem intervenções.
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