Previsão de deficit de R$ 70 milhões faz prefeitura reduzir gastos com pessoal
10:35 07/06/2018
[Via Campo Grande News]
A previsão de um deficit de até R$ 70 milhões até o fim de 2018 levou a Prefeitura de Corumbá –a 419 km de Campo Grande– a adotar medidas que vão da redução de salários à demissão de servidores. Segundo o jornal Diário Corumbaense, a administração de Marcelo Iunes (PSDB) também pretende realinhar o organograma da administração municipal, resultando na redução do número de secretarias e fundações, bem como reordenar postos de atendimento.
“Nós estamos perdendo quase R$ 70 milhões, o Estado, quase R$ 1 bilhão, só com a queda do ICMS do gás. Estávamos esperando que a arrecadação melhorasse a partir de junho, julho, mas com essa paralisação que tivemos dos caminhoneiros, deve demorar mais uns dois ou três meses para que a recuperação aconteça e a arrecadação vai ser baixa de novo”, disse Iunes.
A Prefeitura de Corumbá previa arrecadar R$ 434 milhões neste ano, mas já admite que não atingirá a meta. Com isso, os gastos com a folha de pagamento devem ser cortados em cerca de 10% –de R$ 20 milhões para R$ 18 milhões, adequando a gestão municipal às exigências da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), que limita os gastos com pessoal a 54% da receita corrente líquida municipal.
Cortes – A aproximação do limite forçou o município a efetuar os cortes. Iunes afirma que as medidas abrangem os servidores que ganham por dedicação exclusiva ou exercem cargos comissionados –efetivos fora dessas duas situações não terão alterações nos pagamentos. Os descontos começaram já em junho.
“É melhor a gente diminuir R$ 300, R$ 400 de alguns funcionários e evitar mais demissões”, explicou o prefeito, que já encerrou o contrato de 30 funcionários e deve dispensar igual número. Do total de servidores, 70% são efetivos e o restante foram contratados (sem vínculo fixo e de livre nomeação).
Como forma de ajudar a previdência municipal, a prefeitura também admite convocar aprovados em concurso na educação. Só com professores contratados a gestão corumbaense gasta cerca de R$ 2 milhões. A intenção é contratar 280 profissionais –chegando a 500 o total de convocados.
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