“Muitas comunidades situadas em áreas remotas, como rurais, indígenas e ribeirinhas, somente conseguem ter acesso ao voto com apoio das Forças Armadas”, diz uma nota do órgão.
O segundo eixo de atuação diz respeito à intensificação do trabalho da proteção aeroespacial e contra-ataques cibernéticos que ofereçam risco ao país. Isso envolve a supervisão de operações aéreas e espaciais, além do monitoramento de satélites. Marinha, Exército e Força Aérea têm ainda o papel integrar a comissão de transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vai testar a integridade das urnas eletrônicas e conferir boletins no fim das votações. É a missão mais polêmica entre todas, não apenas por se tratar de missão inédita atribuída a militares, mas por conta de desentendidos ocorridos entre a Defesa e o TSE ao longo do processo.
“A atuação das Forças Armadas em apoio ao TSE tem como características o rigor técnico, o aspecto colaborativo e a legalidade. A atuação dos militares, tanto na CTE [Comissão de Transparência Eleitoral] quanto no trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, segue estritamente as normas e etapas definidas pelo TSE”, justificou o Ministério da Defesa.
Prontidão
O quarto eixo de atuação das Forças Armadas nestas eleições envolve a prontidão de tropas, dentro de quarteis e pontos estratégicos, para caso de acionamento do dispositivo constitucional da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Somente em Brasília, no dia 2 de outubro, aproximadamente 1.050 militares estarão à disposição da chamada Força Planalto, conforme apurou a CNN Brasil. Tropas também estarão de prontidão em outras capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Mas em menor quantidade, uma vez que esses lugares não concentram tantos prédios públicos.
O acionamento de GLO é prerrogativa do presidente da República. E dá às Forças Armadas poder de polícia para conter tumultos e situações em que o patrimônio público está em risco. A última vez em que foi acionado na região central da capital foi no período pré-impeachment da presidente Dilma.
A GLO também foi usada depois para reforçar a segurança em torno da Penitenciária Federal de Brasília, em 2020, quando o Ministério da Justiça mapeou possibilidade de resgate de líderes de uma facção criminosa que estavam presos no local.
Via CNN Brasil
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