O fluxo total de veículos em estradas com pedágio, também conhecido como índice ABCR, avançou 2,2% em janeiro de 2023 ante dezembro de 2022, na série com ajuste sazonal, informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria Integrada.

Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo pedagiado de veículos leves apresentou aumento de 2,5%, enquanto veículos pesados, crescimento de 1,1%. Comparado ao mesmo período de 2022, o índice total aumentou 12,3%, determinado, principalmente, pela alta de 15,3% de leves e, em menor medida, pelo crescimento de 2,4% de pesados. Nos últimos doze meses, o índice total acumula avanço de 7,4%, fruto do aumento de 9,3% de veículos leves e 2,0% de pesados. “A pesquisa de janeiro apresentou crescimento do fluxo total nas praças pedagiadas da ABCR, em intensidade superior à registrada no mês anterior, considerando a série livre de efeitos sazonais”, comentam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Cardoso.

”No comparativo com 2022, a alta do fluxo total foi impulsionada pelo fluxo de leves”. “O desempenho positivo de leves nos últimos dois meses sugere a presença de um efeito positivo propiciado pelo período de férias e confraternizações entre 22-23, aparentemente em intensidade superior ao dos últimos dois anos, quando a pandemia afetou a rotina de trabalho presencial e atividades escolares, afetando a sazonalidade de viagens, além da própria disposição para realização de gastos com viagens à lazer. Além disso, em termos macroeconômico, o cenário é preponderantemente favorável ao consumo de serviços, em especial, para as famílias de maior renda”.

“O fluxo de pesados também cresceu em janeiro, representando a terceira alta consecutiva. Apesar dos últimos resultados, o patamar atual do indicador é relativamente inferior ao registrado no primeiro semestre (ao contrário de leves, que se encontra em patamar superior). Do ponto de vista econômico, o setor capta a conjuntura industrial adversa, considerando a combinação de juros elevados, escassez de grupos de insumos e matérias primas para alguns subsetores industriais, em um contexto de menor demanda por bens de consumo, concluem.

Via Enfoque MS