[Via Midiamax]

MPE (Ministério Público Estadual) abriu Inquérito Civil para apurar eventual ato de improbidade administrativa. Conforme as informações, servidores teriam agredidos menores na Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, localizada na BR-262 em Campo Grande.

As agressões teriam ocorrido em 2015 contra adolescentes que cumpriam medida socioeducativas. As informações foram publicadas no Diário Oficial do MPE, dessa sexta-feira (6).

De acordo com a publicação, o promotor da 28ª Promotoria de Justiça, Humberto Lapa Ferri, tornou pública a conversão de Procedimento Preparatório em Inquérito Civil, porém a investigação segue em sigilo.

Agressões –

Em janeiro deste ano, secretário-adjunto de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, por determinação judicial, afastou provisoriamente, o diretor e o chefe de segurança da Unei Dom Bosco.

O afastamento de Jean Lesseski Gouveia, então diretor da Unei Dom Bosco e do chefe da segurança do estabelecimento Maurício Cesar Lagoa, foi publicado no dia 23 de janeiro.

O histórico da suposta tortura contra os infratores surgiu em setembro de 2016, durante vistoria da Unei Dom Bosco, chefiada por integrantes do MNPCT (Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura), órgão federal, vinculado à Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.

Relatório feito após a visita afirmava que agentes de segurança da unidade torturavam os internos com cassetetes fabricados com pedaços de madeiras. As armas foram achadas em diversos cômodos da Unei, principalmente no dormitório dos servidores.